Cavalo Marinho Estrela de Ouro, Mestre Biu Alexandre (Condado-PE)

Severino Alexandre da Silva, Mestre Biu Alexandre, começou a botar figura aos 13 anos. Em 1979, fundou seu Estrela de Ouro e hoje comemora o fato de ter os filhos e netos envolvidos no brinquedo. Seu Cavalo Marinho conta também com a presença de Seu Martelo, o Mateus mais velho de Pernambuco. Martelo e outros brincantes do Cavalo Marinho Estrela de Ouro integram o elenco do grupo Grial. Em 2006, o Estrela de Ouro fez parte do Coletivo Pernambuco, representando o Brasil no evento “Brasil em Cena” na Alemanha. Compõe, junto com o Cavalo Marinho Estrela Brilhante, o Ponto de Cultura Viva Pareia!.

“É uma tradição que nós temos. Desde pequeno eu acompanho Cavalo Marinho e toda vida eu achei bonito. Toda vida eu gostei de Cavalo Marinho. Posso dizer que a cultura pra mim é uma benção e o Cavalo Marinho é o principal. Pra mim não existe outra brincadeira. Eu só me acabo dentro de Cavalo Marinho.”
> apresentação em Condado, dia 13/12/2008.

Cavalo Marinho Boi Brasileiro, Mestre Biu Roque (Itaquitinga-PE)

João Soares da Silva, mais conhecido como Biu Roque, é músico desde os 8 anos de idade. Durante muito tempo, integrou o banco do Cavalo Marinho de Mestre Batista. Hoje, aos 72 anos, conduz o Cavalo Marinho Boi Brasileiro. É respeitado também pelo domínio de outros gêneros musicais como Coco de Roda, Ciranda e Maracatu Rural e tem diversas composições gravadas. Faz parte do grupo Fuloresta, criado pelo músico Siba, com quem já viajou pelo Brasil e alguns países da Europa.

“É uma grande brincadeira. Gosto muito. Sei muito da brincadeira do Cavalo Marinho. A brincadeira que eu mais gosto agora é Cavalo Marinho e Maracatu. Somente. Primeiro eu sambava muito negócio de baile, mas agora é Maracatu e Cavalo Marinho. O principal é Cavalo Marinho.
Brinca eu, brincam minhas filhas, meus netos, no Cavalo Marinho mais eu.”

> apresentação em Recife, dia 20/12/2008.

Cavalo Marinho Boi de Ouro, Mestre Araújo (Pedras de Fogo-PB)

João Cesário Venâncio, conhecido como Mestre Araújo, tem 83 anos e começou a brincar Cavalo Marinho aos 16. Seu Cavalo Marinho Boi de Ouro foi criado há 20 anos. Mestre Araújo é também Mestre de Mamulengo e artesão. É ele quem constrói os animais e máscaras do Cavalo Marinho.

“É uma cultura que eu comecei a pegar com 16 anos e até hoje brinco. Eu não gosto de forró, desses negócios de hoje, essas bandas, essas coisas. Mas o Cavalo Marinho pra mim é uma distração, uma distração muito boa. Pra mim, é a melhor distração que tem. Sou acostumado a brincar ele desde garoto e ainda hoje eu gosto de brincar. Eu sou chegado a um Cavalo Marinho.”

> apresentação em Condado, dia 14/12/2008.

Cavalo Marinho Estrela do Oriente, Mestre Inácio Lucindo (Camutanga-PE)

Inácio Lucindo da Silva, Mestre Inácio, tem 71 anos. A primeira vez que viu um Cavalo Marinho foi com 9 anos. Em pouco tempo já mestrava e montou seu Cavalo Marinho Estrela do Oriente, tendo Duda Bilau como galante de frente e Dezinho como contra-mestre, papel que ocupa ainda hoje. Com Alício e Juliana, da Cia. Mundu Rodá, Mestre Inácio tem brincado Cavalo Marinho em diversas cidades pelo Brasil.

“Eu tenho amor pelo Cavalo Marinho. Eu tenho amor pela cultura. É o esporte da minha vida e do meu corpo. Porque com esse esporte de Cavalo Marinho, eu sei que meu corpo tem saúde, que meu corpo tem inteligência. Eu na hora que estou dormindo, que eu ainda estou sonhando, pra mim eu estou cantando, pra mim eu estou sambando, pra mim eu estou me divertindo. Eu sonho passeando, eu sonho com você chegando na minha casa, eu sonho me destruindo no valor da poesia e no folclore da paz, amor e garantia. É isso que eu tenho na minha vida e não posso perder minha simpatia.”

> apresentação em Condado, dia 12/12/2008.

Cavalo Marinho Mestre Batista, Mestre Mariano Teles (Aliança-PE)

Mestre Batista foi um grande conhecedor da brincadeira do Cavalo Marinho e se tornou referência para muitos dos atuais mestres. Em 1956, criou este Cavalo Marinho, que hoje leva seu nome em forma de homenagem e tem à frente Mestre Mariano Teles, nascido em 1942. Artesão, é ele quem faz os bichos e máscaras, além de dançar, tocar e dominar os versos que compõem a brincadeira. O Cavalo Marinho Mestre Batista integra o Ponto de Cultura Estrela de Ouro, na Chã de Camará.

“É um divertimento que afasta até o mal pensamento que a gente teme dia-a-dia. No fim-de-semana a gente se encanta com a palestra dos amigos. Ali um bota uma figura, outro dança de galante, outro vai ser o mestre, canta no banco. Depende de nossas condições de respeitar o direito do outro. É uma união que a gente tem em nós todos.”

> apresentação em Recife, 21/12/2008.

Cavalo Marinho Estrela Brilhante, Mestre Antonio Teles (Condado-PE)

Antônio Manuel Rodrigues, Mestre Antônio Teles, nasceu em 1932 e começou a brincar Cavalo Marinho aos 12 anos, como Mateus. Já desempenhou diversos papéis dentro de diversos Cavalos Marinhos. Como rabequeiro, brincou 25 anos ao lado de Mestre Biu Alexandre. Em 2004, realizou o sonho de ter seu próprio Cavalo Marinho, com o apoio fundamental de sua filha Nice, que além de integrar o grupo também criou um Cavalo Marinho mirim. O Cavalo Marinho Estrela Brilhante integra o Ponto de Cultura Viva Pareia!, junto com o Cavalo Marinho Estrela de Ouro.

“Pra mim é uma cultura importante. Não tem outra melhor. Pra mim é uma brincadeira simples, boa. Desde 12 anos que eu brinco e gosto do Cavalo Marinho. É uma brincadeira sadia. Não tenho preconceito com ele.”

> apresentação em Condado, dia 11/12/2008.

Cavalo Marinho Boi Pintado, Mestre Grimário (Aliança-PE)

O Cavalo Marinho Boi Pintado é remanescente do Cavalo Marinho de Mestre Batista e foi criado em 1993 por José Grimário da Silva, Mestre Grimário, que começou a brincar aos 8 anos e atualmente, aos 42 anos, é o mais jovem entre os mestres de Cavalo Marinho. Ele também confecciona as máscaras dos diversos personagens que integram sua brincadeira.

“É uma coisa que nasceu dentro de mim. Se tirar o Cavalo Marinho de mim tá tirando mais da metade de mim. Cavalo Marinho é uma coisa que vem do meu sangue. As pessoas que assistem o Cavalo Marinho já se encantam. Foi o que aconteceu comigo. Eu me encantei e até hoje estou encantado com o Cavalo Marinho. Cavalo Marinho é minha vida.”

> apresentação em Recife, 19/12/2008.

Cavalo Marinho Boi Matuto, Família Salustiano (Olinda-PE)

Manoel Salustiano Soares, Mestre Salu, nasceu em Aliança, no dia 12 de novembro de 1945 e faleceu no dia 31 de agosto deste ano. Durante toda a sua vida esteve envolvido com diversas tradições. Era também artesão e aprendeu a fazer e tocar rabeca com seu pai, João Salustiano. Foi um dos maiores dançadores de Cavalo Marinho, sua grande paixão. Em 1968 criou seu Boi Matuto, do qual participam seus filhos e familiares.
Na movimentação cultural dos anos 90, tornou-se um dos principais ícones da cultura no Brasil. Recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco e foi escolhido pelo Governo do Estado como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Com seu trabalho musical, percorreu todo o Brasil e diversos países e gravou 4 cds. Fundou com sua família a Casa da Rabeca do Brasil, na Cidade Tabajara, em Olinda, um espaço de apresentações, encontros e oficinas.
Seu maior legado é sua grande família. Composta de talentosos artistas, todos formados por ele nas diversas especificidades de várias tradições, é ela quem dá continuidade a seu trabalho.

O Cavalo Marinho, como toda arte do corpo, necessita de um corpo para existir. Mestre Salustiano foi uma dessas pessoas que tornaram possível essa existência aqui, agora. Muito provavelmente um dos que mais acumularam a inteligência, a sabedoria e o conhecimento dessa arte.
Na sua família, não faltaria outra pessoa para ocupar estas linhas, mas o Conexão Cavalo Marinho aproveita o momento para agradecer essa existência:
“Capitão! Obrigado! Até breve...”

> apresentação em Recife, dia 18/12/2008.

Pedro Salustiano (Olinda-PE)

Nascido e criado nas tradições populares, Pedro é um dos filhos do Mestre Salustiano, e desde cedo se dedica ao Cavalo Marinho e ao Maracatu Rural. Já foi bailarino do Grupo Grial de Dança e hoje faz parte do Grupo Arraial, da Secretaria Especial de Cultura de Pernambuco. Em 2006, Pedro Salustiano ministrou aulas de Cavalo Marinho para o elenco e participou como ator da mini-série “A Pedra do Reino” (TV GLOBO). Em 2007, gravou o DVD “Herança de Um Brincante: Samba no Canavial”, dirigido por Paulo Caldas.

“É a minha vida. Eu penso muito no meu dia-a-dia. É uma coisa da família, de berço, uma grande herança que meu pai deixou pra família Salustiano, Mestre Salu. E sempre Cavalo Marinho foi a minha paixão. Gosto do Maracatu, gosto da Ciranda, do Mamulengo, mas a minha paixão sempre foi o Cavalo Marinho.”

Samba no Canavial
Os folguedos nordestinos são os eixos centrais do espetáculo, que se baseia na dramaturgia corporal do seu intérprete Pedro Salustiano, estabelecendo uma zona de conjunção de diferentes segmentos artísticos, seja a dança, o canto, a música ou a caracterização de figuras de brinquedos da região.
Ficha técnica
Intérprete: Pedro Salustiano
Direção e Concepção Coreográfica: Arnaldo Siqueira
Direção de Arte: Dantas Suassuna
Confecção de Cenário: Ednaldo Praxedes (mago)
Adereços: Cleilton Salustiano, Nivaldo José da Silva, Ivo A. Lima e Nelma Caio
Figurinos: Maria José (Chuchu) e Maria José (Dedé)
Trilha Sonora Original: Mestre Salustiano, Wilson Freire, Passarinho Gomes e Pedro Salustiano
Colagem Musical: Pedro Salustiano e Arnaldo Siqueira
Produção: Arnaldo Siqueira
Apresentação: Condado, 11/12.

Helder Vasconcelos (Recife-PE)

Músico, ator e dançarino, credita sua formação ao aprendizado não-acadêmico das tradições de Cavalo Marinho e Maracatu Rural. Foi um dos criadores do grupo musical Mestre Ambrósio. Sua arte se faz no encontro entre música, dança e teatro e entre os contextos tradicional e contemporâneo.

“O Cavalo Marinho é uma paixão. Quando vi um mergulhão pela primeira vez, no dia 24 de dezembro de 1992, meu corpo foi imediatamente tomado por essa paixão. Foi como um reencontro. Uma descoberta de algo que eu já buscava. Uma conexão com algo que já estava em mim. O Cavalo Marinho é minha escola. Não tenho formação acadêmica. Sou músico, ator e dançarino formado pelas tradições do Cavalo Marinho e do Maracatu Rural. Nelas existe um jeito de fazer. Penso, me movimento, sinto, crio e faço arte desse jeito.”

Espiral Brinquedo Meu
Primeira montagem solo de Helder Vasconcelos. Sem demarcar fronteiras entre música, dança e teatro, o artista mostra, através de suas figuras, uma maneira particular de se expressar, que ao mesmo tempo é dele e das pessoas com quem convive. Um jeito de ser que se liga ao lugar de onde veio e à alma das tradições de que participa.
Ficha técnica
Criação, atuação e trilha sonora: Helder Vasconcelos
Direção: Ana Cristina Colla, Renato Ferracini e Carlos Simioni (Lume Teatro)
Figurino: Esther Vasconcelos
Projeto de Iluminação: Abel Saavedra
Iluminação: Saulo Uchôa
Produção: Laura Tamiana
Realização: Terreiro Produções
> apresentação em Condado, 12/12/2008.

Por Si Só
Helder Vasconcelos concebeu este segundo solo a partir das memórias corporais geradas pelas escolhas feitas ao longo de sua vida. Essas memórias, em constante transformação, compõem o que é hoje sua dança. Desta forma, o espetáculo revela suas necessidades de mudança e de transformação pessoal.
Ficha técnica
Criação e atuação: Helder Vasconcelos
Direção e vídeo: Armando Menicacci
Direção para adaptações: Maria Paula Costa Rêgo
Vídeo para adaptações: Oscar Malta
Concepção e arranjos da trilha sonora: Helder Vasconcelos
Produção e arranjos da trilha sonora: Quincas Moreira
Figurino: Marina Reis
Projeto de iluminação: Marisa Bentivegna
Iluminação: Saulo Uchôa
Produção: Laura Tamiana
Realização: Terreiro Produções

Espetáculo desenvolvido com subsídio do programa Rumos Itaú Cultural Dança 2006-2007
> apresentação em Recife, 21/12/2008.

Grupo Grial (Recife-PE)

Criado em 1997 pelo escritor Ariano Suassuna e a bailarina Maria Paula Costa Rêgo, o Grupo Grial de Dança encaminha um trabalho de pesquisa e criação em torno de uma linguagem gestual e coreográfica inspirada nas tradições culturais do Nordeste do Brasil.

“Cavalo Marinho é um universo diferenciado entre todas as brincadeiras populares do Nordeste. Um lugar único e tosco sem perder da sua beleza, força e poesia num jogo de contrastes tipicamente brasileiro. E é justamente essa força que conecta o Brasil profundo ao Brasil de hoje, que coloca o Grial numa busca entranhada por uma dança inspirada e escrita a partir do que somos de fato.”


Brincadeira de Mulato
Peça coreográfica costurada por relatos de uma vida dedicada ao brinquedo popular. O espetáculo aborda o embate entre a dura realidade dos cortadores de cana da Zona da Mata Norte de Pernambuco, e a capacidade imensurável deles mesmos, como brincantes de Cavalo Marinho, de reinventar aquela realidade. Folia e trabalho misturados, varando as noites e os dias no meio dos canaviais. Juízo e fantasia girando no mundo.
Ficha técnica
Brincadeira de Mulato é primeira parte da trilogia “A Parte Que Nos Cabe”.
Concepção e direção: Maria Paula Costa Rêgo
Intérpretes/brincantes: Mestre Martelo, Fábio Soares e Emerson Dias
Vídeo: Luca Barreto
Trilha Sonora: Autoria popular e André Freitas
Iluminação: Sávio Uchoa e Luc Petit
Figurino: Retirados do folguedo de Cavalo Marinho
> apresentação em Recife, 19/12/2008.

Mundu Rodá (São Paulo-SP)

A Cia. Mundu Rodá de Teatro e Dança é formada por Alício Amaral e Juliana Pardo, e tem como premissa fundamental a pesquisa das Tradições Populares Brasileiras, entendidas como fonte para o desenvolvimento de técnicas que possam servir para o trabalho de treinamento e criação de artistas. Foram contemplados pela Bolsa Vitae de Artes, com o projeto Cavalo Marinho, realizado na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Desde 2002, trabalham em parceria com o Lume Teatro, na elaboração de um treinamento para atores baseado nas Tradições Brasileiras.

“O Cavalo Marinho? O Cavalo Marinho é uma estrela muito iluminada. Do pé do banco ao fundo da roda, um mundo inteiro se faz. Nos anos vividos na Zona da Mata, mais do que desenvolver pesquisas e estudos sobre a brincadeira, buscamos nossa própria identidade, a afirmação de uma linguagem brasileira de expressão única. Pelos Mestres e Brincantes que a realizam, nosso mais profundo respeito e admiração. E por que o Cavalo Marinho? Como diz mestre Inácio Lucindo de Camutanga: “porque ele grava no coração da gente”.”

Donzela Guerreira
Amor impossível, revelação tardia e saudade incomensurável. Donzela Guerreira é a busca de uma tradução poética, do romance de tradição oral que narra a trajetória de uma donzela que vai à guerra, atualizada nos corpos dos atores-pesquisadores Alício Amaral e Juliana Pardo. Mais que representar a vida de uma donzela, o foco do espetáculo está na reflexão sobre o gênero e sobre amor, numa abordagem ampla e aberta, convidando o espectador a participar da narrativa.
Ficha técnica
Atuação e Criação: Alício Amaral e Juliana Pardo.
Direção e Criação: Jesser de Souza.
Dramaturgista: Suzi Frankl Sperber
Direção Musical: Ricardo Matsuda.
Texto: Alício Amaral, Juliana Pardo, Suzi Frankl Sperber e Jesser de Souza.
Trilha Sonora: Grupo Anima.
Canção do Primeiro Encontro (off): Antônio Cândido.
Pesquisa de Linguagem Corporal a partir das Danças Tradicionais Brasileiras: Alício Amaral e Juliana Pardo.
Figurinos e Adereços: Mila Reily.
Desenho de Luz: Eduardo Albergaria.
Cenografia: Fabiana Fukui
Cenotécnica: Diego Alberto Vega.
Treinamento em Artes Marciais: Marcelo Goes.
Produção e Realização: Cia. Mundu Rodá de Teatro e Dança.
> apresentação em Condado, 13/12/2008.
> apresentação em Recife, 20/12/2008.

Grupo Peleja (Campinas-SP)

O Peleja existe desde 2002 como um grupo de pesquisa de linguagem para as artes cênicas, com base em treinamentos de dança, teatro e elementos da cultura popular. Entre 2004 e 2007, o grupo aprofundou sua investigação sobre o Cavalo Marinho, tendo realizado uma vasta pesquisa de campo em Pernambuco. Em 2007, sob direção de Ana Cristina Colla (Lume Teatro), o grupo Peleja estreou “Gaiola de Moscas”, montagem premiada pela Secretaria Estadual da Cultura de São Paulo.

“Como jovens artistas curiosos, “estudávamos” o Cavalo Marinho através de vídeos, antes mesmo de conhecer seus verdadeiros encantos. Nossa primeira viagem à Zona da Mata aconteceu em 2004, após conhecermos Mestre Inácio e Aguinaldo Silva em São Paulo, através da Cia Mundu Rodá. Fomos parar em Condado! Aí é que pudemos conhecer e vivenciar o brinquedo de verdade. Bate trupé aqui, bate mergulhão ali, muito suor, muita macaxeira, um pouco de pitú... foi assim que “pegamos” o Cavalo Marinho, ou será que foi ele que nos pegou? Desde então o Cavalo Marinho, este universo tão rico de possibilidades para a cena, faz parte do treinamento, permeia as criações, alimenta e enriquece as pesquisas acadêmicas dos integrantes do grupo Peleja.”

Gaiola de Moscas
Baseado no conto de Mia Couto, “Gaiola de Moscas” é um espetáculo de teatro, dança e música. A divertida história de Zuzé Bisgate é contada por dois músicos e cinco narradores-brincantes que instauram o clima vivenciado no Cavalo Marinho, através das relações de jogo, da música ao vivo e da combinação de trupés. A construção das personagens se baseia em tipos observados na feira de Condado.
Ficha técnica
Texto: Mia Couto
Adaptação: Grupo Peleja e Ana Cristina Colla
Direção: Ana Cristina Colla (Lume Teatro)
Assistência de direção: Ana Caldas Lewinsohn
Concepção de trilha sonora: Alexandre Lemos e João Arruda
Elenco: Carolina Laranjeira, Tainá Barreto, Lineu Guaraldo, Ana Caldas Lewinsohn (atriz convidada) e Eduardo Albergaria (ator convidado)
Músicos: Alexandre Lemos e João Arruda
Figurino: Bukke Reis
Adereços: Sebastião Simão Filho
Plano de luz: Eduardo Albergaria
> apresentação em Condado, 14/12/2008.
> apresentação em Recife, 18/12/2008.